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terça-feira, 27 de março de 2007

Ciência e Fé: o homem... puro macaco?

(Revista Pergunte e Responderemos, PR 231/1979)


Em síntese: Em nossos dias vários autores tendem a negar diferen­ciação específica entre o homem e o macaco. Ao lado desses, outros há que a sustentam. Na verdade, devem-se apontar diferenças características e insuperáveis entre o ser humano e os irracionais: além da linguagem, já abordada em PR 226/1978, pp. 423-434, citam-se o senso moral e o senso religioso. O homem é um ser capaz de medir o alcance de seus atos; por isto é sujeito de responsabilidade, de direitos e deveres. Ele se sente outrossim obrigado a procurar o sentido da sua existência presente (luta, trabalho, sofrimento, morte...); por isto aspira aos valores trans­cendentais ou ao Absoluto, que é o próprio Deus. A crença no além ou no encontro com a Divindade é uma das mais antigas características do ser humano, manifestada no sepultamento dos mortos e na arte das cavernas da pré-história.

Mesmo os ateus de nossos dias reproduzem categorias religiosas revestidas de rótulos leigos ou secularizados; o marxismo, por exemplo, supõe a expectativa messiânica do judaísmo e adota-a dentro de parâmetros materialistas e meramente humanos. Tenham-se em vista outrossim as supers­tições, as místicas, os "absolutos" ou deuses (ídolos) a que estão sujeitos os "ateus".

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Comentário: Em nossos dias registra-se forte tendência a despojar o ser humano de todos os predicados que sempre foram tidos como características exclusivamente suas. Char­les Darwin (+ 1882) insinuava que o ser humano não vem a ser senão um macaco aperfeiçoado; Freud (+ 1939) gloria­va-se de haver reduzido o homem a joguete de instintos cegos, ao passo que a filosofia estruturalista decompõe o homem em elementos estruturais sem conteúdo específico; proclama assim a morte do homem, como passo conseqüente à morte de Deus.

O tema assim proposto é de alto interesse. Eis por que nos voltaremos para ele, procurando: 1) catalogar expressões recentes desse despojamento do homem; 2) refletir com objetividade serena sobre tal tendência a fim de averiguar se é ou não o resultado de autênticas pesquisas. Verificaremos que tal posição despojadora é preconcebida, encontrando seus des­mentidos em fatos concretos da realidade dos tempos pas­mados e de hoje.

1. As afirmações reducionistas [1]

Citaremos tais dizeres tão somente a fim de evidenciar quão longe têm ido o ceticismo e as tentativas de degradar o ser humano.

Salvador E. Muria em 1974 apresentava o homem como «nada mais do que um produto (muito especial, sem dúvida) de uma série de puros acasos e de inexoráveis necessidades» (cf. Leben - das unvollendente Experiment. München 1974); retornava assim a tese do biólogo francês Jacques Monod.

Em 1974, Theo Löbsack escrevia ser o homem «uma jogada errônea da natureza».

Em 1971, Herbert Wendt publicou em Hamburgo um livro com o título Der Affe steht auf (O macaco se levanta), tencionando assim definir sua posição filosófica.

Em 1968, I. Schwidetzky afirmava, a respeito do homem, tratar-se de «um macaco que conseguiu falar».

Em 1968, Desmond Morris designava o homem como mero macaco, que atribuiu a si mesmo o pomposo nome de homo sapiens.

Em 1965, J. Huxley classificava o homem como «um pro­duto de improvisações da genética e da história, cheio de erros e atabalhoamentos».

Em 1959, J. Müller dizia ser o homem «um macaco um pouco melhorado às pressas».

Pode-se observar, aliás, que tais tendências não são total­mente novas. Já na década de 1870 Ernest Haeckel se esfor­çava por desvalorizar o homem, tirando-lhe a impressão de ser algo de singular e inédito no conjunto dos seres vivos.

O materialismo dos autores modernos leva-os a admitir que já nas partículas mais elementares da matéria existem os traços que geralmente são tidos como característicos ou típicos do ser humano: assim, por exemplo, já que o homem tem consciência psicológica, deveria haver premissas dessa consciência na matéria inanimada; o hidrogênio já conteria todas as informações necessárias para que, através das leis da natureza, se desenvolvesse a realidade humana hoje exis­tente. Tal é o ponto de vista de H. v. Ditfurth (1974), ao qual faz eco H. J. Bogen em seu livro Mensch aus Materie (O homem a partir da matéria); este autor pretende deduzir da matéria inanimada tudo o que dentro do homem haja de «novo»; considera ele a matéria como alto de «tão gran­dioso... que se pode crer tenha a potencialidade de produzir, em determinadas circunstâncias, complexas estruturas como são as células sensitivas, os neurônios e até mesmo formas de comportamento humano». Cf. Zusammenhã,nge. Hamburg 1974, pp. 9-11.

Todavia, ao lado de tais vozes, outras se levantam para contradizer-lhes. Citemos a do físico Walter Heitler (1974) Este julga que o surto de novas categorias de ser por via de evolução constitui um problema ainda não resolvido. O geneticista Th. Dobzhanskv rejeita a tese segundo a qual áto­mos ou partículas subatômicas seriam portadores de rudi­mentos de vida, consciência ou vontade. Afirma que a evolução produz realidades novas e que este é o seu mais interes­sante aspecto:

"Periodicamente os seres em evolução transcendem a si mesmos, isto é, produzem novos sistemas com novas propriedades - propriedades que nos sistemas anteriores não se encontravam nem mesmo sob a forma de minúsculas sementes" (Intelligenz. München 1975, p. 124).

A origem do vivente em meio aos não viventes e o surto do humano no mundo dos animais irracionais são, para Dobzhansky, «as duas mais grandiosas expressões da transcendência na história da evolução» (ib. p. 125).

Perguntamo-nos: quem teria razão? Os que negam uma diferenciação específica, indelével, entre o homem e os ani­mais inferiores?... Ou os que desejam confundir ou identi­ficar o homem e o macaco?

A estas questões responderemos gradativamente.

2. Onde estão as diferenças específicas?

Para distinguir radicalmente o homem e os macacos superiores, poderíamos, entre outros, apontar, como em PR 226/1978, pp. 423-434, o fenômeno da linguagem, que é tipi­camente humano e não se acha reproduzido pelos animais.

Neste campo de pesquisas, novos resultados têm sido registrados nos últimos tempos.

O chimpanzé e o gorila não podem falar nem aprender a falar linguagem sonora desenvolvida, como demonstram to­das as tentativas até agora realizadas. A razão disto é, antes do mais, a configuração do crânio e do aparelho bucal des­ses animais. Em conseqüência, os experimentadores têm pro­curado ensinar aos chimpanzés e aos gorilas alguns sinais, que se assemelham aos da linguagem dos surdo-mudos. A aprendizagem surtiu efeitos, como se depreende do relatório publicado por Francine Patterson com o título Conversations with a Gorilla em National Geographic, vol. 154, october 1978, pp. 438-465 (a este tema, aliás, voltaremos oportunamente em PR). Experiências anteriores à de Francine Patterson foram levadas a termo por cientistas como R. Fouts, Gardner, Rumberger, Gill, Glaserfeld...; os resultados foram positi­vos ... Todavia D. Ploog em 1972 verificava que, mesmo diante de tal êxito, se devem registrar profundas diferenças: a comunicação entre animais e a linguagem usada pelos ho­mens não diferem entre si apenas por diversidade de graus de perfeição dentro da mesma pretensa linha homogênea, mas supõem estruturas físicas e psicológicas essencialmente diversas: o homem é, por sua natureza mesma, um ser dado à cultura. ou pré-programado para a cultura, como diz Eihl­-Eihesfeldt: o mesmo não se pode dizer a respeito dos ani­mais inferiores ao homem, que são dados a repetir e imitar o que vêem, sem poder criar algo que dependa de lógica e raciocínio.

Nota-se também que os chimpanzés podem transmitir uns aos outros certos artifícios: assim na linha japonesa Ko­shima, que não é habitada por seres humanos, uma fêmea de macaco descobriu certa vez que, para limpar batatas, não é necessário esfregá-las entre as mãos, mas basta mergulhá-las na água, e lavá-las. Quatro anos mais tarde, a metade dos indivíduos do grupo a que pertencia tal fêmea, praticava o rito de lavar as batatas; no decorrer de dez anos, 71% dos membros do grupo haviam adotado tal costume por via de imitação. Deve-se, porém, observar que esta propagação de artifício não se deve ao desejo de educar, ensinar ou de comu­nicar aos semelhantes alguma novidade; ela se assemelha muito mais à difusão por contágio ou por imitação.

Dito isto, importa realçar outros tipos de diferença espe­cífica que distanciam entre si o homem e o macaco.

3. O senso ético

Já Charles Darwin em 1871 procurava enumerar os caracteres que distinguem o ser humano de maneira típica, permitindo assim estabelecer a linha divisória entre o homem e o animal inferior. Dizia então:

"Sem restrição, subscrevo a tese dos especialistas que afirmam que, dentre todas as diferenças existentes entre o homem e o animal inferior, o senso moral ou a consciência é a mais importante" (Die Abstammung des Menschen, p. 144).

Observações efetuadas em pessoas surdas e cegas de nascença revelaram que ao homem a consciência é inata, ou seja, anterior a qualquer experiência.

Somente o homem tem a noção do bem e do mal. So­mente o homem pode tornar-se réu ou culpado. Em conse­qüência, só o homem tem responsabilidade.

A responsabilidade, por sua vez, supõe liberdade de opção, faculdade esta que falta aos animais inferiores.

Não há dúvida, o animal tem uma bondade espontânea, a qual se manifesta principalmente no instinto materno; toda­via não se pode dizer que essa bondade resulte de uma opção consciente. É inconsciente e indeliberada; o animal reage espontaneamente a certos estímulos como é o da prole ou dos filhotes. O ser humano também reage espontaneamente a tais estímulos; haja vista como as crianças gostam de brincar com bonecas, cachorrinhos, coelhinhos, etc. Todavia, à dife­rença dos animais, o homem é capaz de proceder contra os seus instintos; assim fazendo, ele se perverte ou... segue um ideal e cultiva valores que ele julga superiores à satisfa­ção proporcionada pelos instintos. Só o homem pode assu­mir certas atitudes aparentemente paradoxais ou antitéticas aos instintos: a paciência, a misericórdia, o amor aos inimi­gos, a compaixão e a benevolência com os criminosos e per­versos; tais virtudes estão fora do alcance dos animais, mas elas não são sobre-humanas; são, ao contrário, profunda e tipicamente humanas.

Mais: o animal não é capaz de assumir deveres ou com­promissos; não se lhe podem impor normas, mesmo que se lhe imponha determinada aprendizagem. Por isto também a educação é fenômeno especificamente humano; sem educação não só o psiquismo do homem é prejudicado, mas também o próprio desenvolvimento biológico e corporal do homem sofre detrimento.

Tais ponderações evidenciam como o senso moral carac­teriza o ser humano, distinguindo-o especificamente dos ani­mais, e colocando o homem em posição singular no reino dos viventes.

Examinaremos agora outra característica.

4. O marco religioso

Dividiremos o nosso estudo em duas partes: 1) capaci­dade de refletir, 2) o fenômeno religioso propriamente dito.

4.1. A capacidade de refletir

Ainda ao estudar as diferenças entre o ser humano e os animais inferiores, Darwin apontava a consciência que o homem tem de si mesmo: esta é a chamada consciência psi­cológica, à diferença da consciência moral [2].

Quais as conseqüências deste fato?

1) Por sua consciência psicológica, o homem é capaz de refletir sobre si mesmo, sobre o seu presente, o seu pas­sado e o futuro. Essa capacidade de refletir é característica do ser humano, pois só este é sujeito de recordação propria­mente dita; com efeito, um animal pode reconhecer o seu patrão ou determinados objetos quando estes lhe são apre­sentados de novo; mas somente o homem pode recordar-se de pessoas ausentes e de acontecimentos já ocorridos. Visto que os animais não conseguem isto, vivem quase exclusiva­mente no presente como vivem os bebês.

2) É precisamente a capacidade de recordar realidades ausentes que permite a formação de conceitos universais e de uma linguagem tal como o homem possui: linguagem que exprime noções universais, como homem, criança, belo, justo, injusto..., recorrendo aos mais diversos sons (francês, russo, chinês, bantu, tupi, etc.).

3) Notemos outrossim: um ser para o qual só existe o presente imediato, não pode cultivar a história, como o ho­mem a cultiva...

4) ... Nem pode ter responsabilidades, porque não pode prever as conseqüências de determinado comportamento seu...

5) ... Nem pode ter Religião como o homem tem, visto que a Religião põe o homem em contato com a trans­cendência ou com valores históricos e trans-históricos. A Re­ligião vem a ser, pois, um sinal típico e inconfundível do ser humano. Detenhamos-nos um pouco mais sobre esta afirmação.

4.2. O fenômeno religioso

O senso religioso, pondo o homem em contato com valo­res transcendentais, exprime-se, entre outras maneiras, atra­vés da crença na vida póstuma. É por isto que, desde os remotos tempos da pré-história, o ser humano sepulta os seus mortos. Os animais irracionais, diante dos seus seme­lhantes exânimes, experimentam sentimentos mistos de medo, insegurança, curiosidade, intranqüilidade... Mesmo a fêmea do macaco, apesar do seu instinto materno, não se preocupa com o sepultamento do filhote falecido: após a morte deste, ela ainda procura insistentemente alimentá-lo, carrega-o para diversos lugares,... mas, logo que o cadáver entra em decom­posição e as características físicas do filhote se vão extin­guindo, ela abandona o cadáver em qualquer lugar e não mais se interessa por ele.

Ora entre os homens a atenção aos mortos é uma carac­terística das mais antigas.

Os fósseis do homo erectos (devidamente identificado) encontrados na Europa e na Asia atestam esta verdade. O homem de Neandertal, por exemplo, sepultava seus mortos na posição de quem está dormindo, com a cabeça pousada sobre uma pedra; sobre o cadáver lançava pó de ocre, que tem a cor da vida (pardo, amarelo, vermelho, castanho... ); junto ao defunto colocava alimentos, armas, instrumentos diversos e figuras ornamentais, que lhe serviriam na viagem para o além... O homem de Cromagnon também adotava tais costumes. Estes atestam a fé numa vida póstuma ou numa realidade transcendente.

Chamam outrossim a atenção dos estudiosos as pinturas encontradas nas cavernas da pré-história: representam moti­vos da caça ou da magia. Ora todo cultivo da arte está origi­nariamente associado à Religião: esta sempre inspirou os pin­tores, os poetas, os músicos...

Ora a Religião, voltada para os valores transcendentais, é certamente uma característica do espírito; ela é tão antiga quanto o homem, pois se manifesta desde a pré-história até hoje, e nunca foi cultivada pelo animal irracional. A exis­tência, no homem, de sentimento religioso e de expressões correspondentes abre um hiato entre o ser humano e o ma­caco, hiato este que não foi superado ou transposto até hoje. Nem há possibilidade de superação, visto que a Religião supõe, no ser humano, a realidade do espírito ou da alma espiritual, ao passo que o princípio vital dos irracionais é meramente material. É a alma espiritual ou não material que faculta ao homem ter expressões de si que transcendem os dados con­cretos, materiais, a que está confinado o ser irracional. Pela religião, o homem se eleva aos valores invisíveis e ao Infi­nito, procurando assim a resposta às suas aspirações mais espontâneas que são aspirações à Verdade, ao Amor, à Jus­tiça, à Vida, à Felicidade sem limites. É tão somente através do caminho da Religião e da Mística que o homem encontra os verdadeiros bens para os quais foi feito e dos quais o ani­mal irracional não tem a mais pálida noção.

A Religião é inspirada pela necessidade que o homem experimenta, de dar sentido à sua vida ou de justificar, pe­rante a sua consciência, a sua luta, o seu trabalho, o seu sofrimento e a sua morte. Na verdade, se não existem valo­res transcendentais que respondam às aspirações congênitas de todo homem, a presente realidade é vazia e frustrativa; o homem se torna um absurdo, perdido em meio às coisas passageiras que o cercam. E o homem-absurdo seria uma exceção no conjunto do universo, visto que este reflete ordem e harmonia - expressões de uma Inteligência Suprema.

Em nossos dias, a Religião continua sendo um fator típico da inteligência humana. Mesmo os que se dizem ateus, culti­vam o Absoluto sob formas leigas ou secularizadas; é o caso do comunismo, ao qual o judeu Karl Marx deu a estrutura de um messianismo sem Deus; o proletariado sacrificado na luta de classes seria o Messias, que, morrendo, prepararia o surto de um homem novo, morigerado e pacífico. As cate­gorias religiosas do judaísmo foram transpostas por Karrl Marx para o plano da sociologia e da política; sobrevivem, porém, no esquema de pensamento marxista. - O marxismo cultua religiosamente certos valores meramente humanos ou profanos; este esquema caricatural já não satisfaz a muitos cidadãos soviéticos, que hoje em dia se afastam do marxismo e das suas pantominas para procurar a verdadeira fé e autên­ticas expressões religiosas. O senso religioso, inato em todo homem, vem de novo à tona apesar das tentativas de erradi­cação a que o marxismo o submeteu. Este fenômeno bem evidencia quanto o senso religioso é característico do ser humano. São sempre válidas as palavras de S. Agostinho (+ 430): «Senhor, Tu nos fizeste para Ti, e inquieto é o nosso coração enquanto não repousa em Ti» (Confissões I 1).

Atraído irresistivelmente pelo Senhor Deus, o homem «ateu» de nossos dias cria suas místicas, seus «absolutos», seus deuses, suas superstições, que inadequadamente lhe fazem as vezes do único Deus.

A propósito citamos a bibliografia donde retiramos grande parte do material deste artigo

KUHN, WOLF GANG, Der Mensch - nur ein naokter Affe? In Stimmen der Zeit, Juli 1978, pp. 479-489.

OVERHAGE, P., Sprachexperimente mit Schimpansen, in Stimmen der Zeit, mai 1978, pp. 325-332.

PATTERSON, FRANCINE, Conversations with a Gorilla, in National Geo­graphic, vol. 154, n° 4, october 1978, pp. 438-465.

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NOTAS:

[1] Por "reducionismo" entendemos a tendência a reduzir o homem ao não-homem, ou seja, a negar os predicados especificamente humanos. Isto redunda em fazer do homem um macaco aperfeiçoado.

As citações que abaixo faremos, são tiradas do artigo de Wolfgang Kuhn mencionado na bibliografia à p. 99.

[2] A consciência moral é faculdade que temos, de julgar o que con­vém ou não convém fazer em vista da consecução do nosso fim supremo; a consciência manda, a consciência aprova, a consciência censura nossos atos morais.

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